quinta-feira, 16 de maio de 2013

A crise do capitalismo


A atual crise do capitalismo

Vivemos em um mundo cada vez mais suscetível a crises sistêmicas, uma vez que não há separação entre produção e financiamento.
O desenvolvimento do mercado financeiro global, principalmente após a Segunda Guerra Mundial determinou os rumos de uma centralidade estadunidense tão desconcertante que não há potência econômica que não se sinta dependente das estruturas de poder do Tio Sam.
Entretanto, estamos para atingir a massa crítica global, isso significa dizer que não haverá mais um crescimento sustentado de longo prazo na grande maioria das Nações, entre as desenvolvidas, o que temos visto é retração econômica, aumento do desemprego, estagnação da produção e aumento do endividamento dos Estados.
No Velho Mundo "desenvolvido" os estados sociais-democratas, muito alinhados ao neoliberalismo, estão congelados diante da crise que os assola, não se vê no fim do túnel uma salvaguarda econômica, nem os pacotes de "austeridade fiscal" reguladas pelo FMI e confirmadas pelo Banco Europeu, são a solução dos problemas estruturais.
Podemos sim falar de um ciclo de crises no sistema capitalista global que irá se prolongar décadas a fio, e que pouco provavelmente terão como mecanismo de defesa a lógica de demanda agregada, muito empregada para criar falsas expectativas de crescimento, revertendo bilhões de dólares dos contribuintes para grandes transnacionais, na forma de estímulos e incentivos fiscais.
A crise vai atingir as economias emergentes? - sim claro, não há outra certeza se não essa, os números já confirmam: retração da atividade produtiva no Brasil, atrelada ao aumento das importações e redução do uso da capacidade industrial instalada, aliado ao fato dos enormes problemas de infraestrutura e corrupção generaliza no País.
Economistas sérios, inclusive dentro do próprio FMI, não ditam perspectivas positivas de longo prazo para o mundo. Nem na China, que mantém um ritmo de crescimento elevado, terá sustentabilidade longínqua, fato: a população vai atingir o nível de envelhecimento da ordem de 300 milhões nas próximas três décadas. A China pode quebrar!
No mundo atual a única certeza que temos são de incertezas, e devemos aprender a conviver com elas...