sábado, 19 de março de 2011

A política partidária e o poder no Brasil


Nos EUA, assim como no Brasil, há o pluripartidarismo, entretanto predominam, na base nacional, apenas dois: Democratas e Republicanos. Partidos que resultaram da Guerra da Secessão, que culminou com a formação da União. Aqui em nosso país as lutas foram travadas por grupos que desejavam (e desejam) a manutenção de seus status quo e controle social.
Percebe-se com mais um novo "racha" partidário (devemos lembrar que uma parcela enorme do PMDB originou o PSDB) o que está em jogo é apenas a manutenção do poder político, sem ter que necessariamente representar pautar-se nas necessidade da população. O que percebo é a falta de coesão ética em criar-se um "partido social democrático", tendo em vista que para ser social é evidente que seja democrático, mas como ser sua razão de existir, se seus fundadores, que pleiteiam estar na base aliada de um partido de "esquerda" quando seus fundadores são provenientes dos maiores partidos liberais de direita.
Os partidários do Kassab são apenas inteligentes, nós, como diriam os gregos, somos apenas os idiotas por não compreendermos que a política é feita por alguns, é feita justamente por aqueles que precisam manter as relações de poder status quo e força social.

Kassab deixa DEM, leva Afif e cria PSD na segunda
Depois de cinco meses de articulações, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou ontem o desligamento do DEM e a criação de um novo partido, batizado de PSD (Partido Social Democrático), com o objetivo de se cacifar politicamente para disputar a eleição estadual de 2014. O anúncio despertou certa desconfiança no Palácio dos Bandeirantes, que travou uma queda de braço tácita com o prefeito nos últimos dias para evitar que Kassab engordasse a nova legenda com aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O lançamento oficial do novo partido será na Assembleia Legislativa paulista, na segunda-feira, às 12h30. Na ocasião, será feita a leitura de manifesto de fundação da sigla. O vice-governador Guilherme Afif Domingos e o secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura paulistana, Cláudio Lembo, saem do DEM para acompanhar Kassab.
Embora o prefeito e Afif defendam a manutenção da aliança com o PSDB no novo partido, aliados de Alckmin veem na mudança articulação de Kassab para entrar na base aliada da presidente Dilma Rousseff. Alguns defendem que a secretaria de Desenvolvimento Econômico, de Afif, seja mantida com o DEM - e, portanto, retirada do vice.
Ontem, os articuladores políticos de Alckmin estavam de olho nos vereadores tucanos. Estava previsto um jantar deles com Kassab. O desafio de Kassab nesta reta final é angariar quadros para a nova legenda. Amanhã embarca para Salvador, onde se encontra com potenciais integrantes do PSD.
Nos últimos cinco meses, Kassab manteve conversas com o PMDB e o PSB. Decidiu criar a nova legenda como uma manobra para sair do DEM sem ter o mandato questionado na Justiça. As informações são do jornal 

sexta-feira, 18 de março de 2011

IBGE: 15% da Floresta Amazônica já foi derrubada

Segundo dados do IBGE o desmatamento na região Amazônica está em redução, porém com graves perdas à biodiversidade desse domínio natural.
Problemas típicos, como derrubada ilegal, agropecuária e expansão da lavoura de soja, são as principais atividades responsáveis pelo forte processo de depredação.
A sustentabilidade da floresta está comprometida com novos projetos de ocupação territorial e econômica, dentre os quais a instalçao do complexo hidrelétrico de Jirau e Belo Monte, além da ampliação da malha rodo-ferroviária para escoamento da produção de soja e minérios.
O ritmo de ocupação, se mantido, chegaremos em 2050 com  apenas 20% da cobertura florestal original, teremos perdido não só o patrimônio biológico, bem como o patrimônio cultural dos povos da floresta.
Prof. Demétrio Melo
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Apesar da redução do ritmo de desmatamento na Amazônia nos últimos cinco anos, a área total derrubada já representa 15% da floresta original. O processo acentuou-se nas últimas quatro décadas e foi concentrado nas bordas sul e leste da Amazônia Legal, o chamado Arco do Desmatamento. É o que mostrou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua pesquisa "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável", referente ao ano de 2010.
Segundo o instituto, após um período de crescimento quase contínuo da taxa de desflorestamento entre 1997 e 2004, quando atingiu um pico, os valores para 2009 indicam que a área desmatada representa um terço do que foi verificado no ano de 2004. No período de 2007 a 2009, houve queda de 63% dos focos de queimadas e incêndios florestais no País, de 188.656 para 69.702, seguindo a tendência de queda nas taxas de desflorestamento da Amazônia.

O dado é importante porque a principal fonte de emissão de gases causadores do efeito estufa no País é a destruição da vegetação natural, com destaque para o desmatamento na Amazônia e as queimadas no Cerrado. A atividade representa 75% das emissões brasileiras de CO2, responsável por colocar o Brasil entre os dez maiores emissores de gases de efeito estufa.
Cerrado

A cobertura original do Cerrado foi reduzida praticamente à metade no País, de 2.038.953 quilômetros quadrados para 1.052.708 km2, com área total desmatada de 986.247 km2 (48,37%) até 2008. Somente entre 2002 e 2008 foram destruídos 85.074 km2 (4,18% do total), segundo pesquisa do IBGE.

De acordo com levantamento, os Estados que apresentaram maior área desmatada no período, em termos absolutos, foram Mato Grosso (17.598 km2), Maranhão (14.825 km2) e Tocantins (12.198 km2). As taxas de desmatamento no bioma são mais altas que as apresentadas para a Floresta Amazônica, o que implica "medidas urgentes de proteção", afirmou o IBGE.

Até 2002 houve tendência de aumento de áreas desmatadas do Sul e do Sudeste, principalmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Já no período de 2002 a 2008, isso ocorreu mais para o Norte e Nordeste. É a primeira vez que o IBGE usa dados do Cerrado no IDS.