G 20 - Resgate econômico mundial ou promessa de futuro

Demétrio Costa de Melo
Professor de Geografia
dezembro de 2010
   Com a crise asiática em 1997, que desvalorizou as moedas dos Tigres Asiáticos e Japão, o mercado financeiro ficou desequilibrado, daí a necessidade de criar-se um grupo de países que poderiam ser a contrabalança mundial frente as economias desenvolvidas do G-8. Em 1999, na Alemanha, foi realizado o primeiro encontro das vinte mais importantes economias.
   O objetivo principal era levar uma estabilidade financeira mundial decorrente da crise asiática, mais recentemente o G-20 busca um equilibrio no desenvolvimento das Nações, sem terem que orbitar obrigatoriamente em torno do G-8.

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Em virtude da recente crise financeira nos EUA e UE o G-20 reuniu-se na Coreia do Sul, entre os dias 11 e 12 de novembro, para os chefes de estados discutirem a atual "Guerra Cambial", que tem levado a um forte processo de valorização do Real frente o dólar, o que poderá comprometer as contas públicas no curto prazo.
Entretanto, não serão medidas simples, os EUA vai injetar mais US$ 600 bilhões para depreciar sua moeda, para voltar a ganhar competitividade em relação as moedas da Ásia.
Para o Brasil o ideal é manter o dólar depressiado, mas o déficit público estadunidense os tem trazido incertezas fiscal e cambial. No encontro não faltou países criticando a atitude do Banco Central Americano (Federal Reserve).
A importancia do G20 se dá pela grnade concentração da economia mundial, pois detém cerca de 80% do comércio global e 90% do PIB mundial.
Esse grupo, que esteve reunido em Seul, 11 e 12 de novembro de 2010, definiu metas para o desenvolvimento para o países pobres (a imprensa tem se referido como O Consenso de Seul - apologia ao Consenso de Washington).

Entretanto, o ideário de um grupo formado internacionalmente para poder equilibar o poder mundial frente ao G-8 surgiu em 2003, depois da conferência no México, no âmbito da OMC, os países subdesenvolvidos estavam tentando acabar com as barreiras alfandegárias impostas pelos Estados Unidos e União Europeia.

Tal grupo surigiu sob a liderança de Brasil, China e Índia que são grandes exportadores, não só de commodities agrícolas bem como de semi-industrializados a bens industriais complexos.
Os desentendimentos do G-20 (que conta com 24 nações em desenvolvimento) na chamada Rodada de Doha sobre o comércio internacional não gerou consenso entre os países Emergentes e EUA e UE.

Mas o cenário atual mudou, desde 2006 que os países Emergentes vem apresentando forte expansão de seus produtos internos, quando os desenvolvidos vem reduzindo o consumo interno, aumento do déficit público, estão emitindo moeda e papéis de suas dívidas públicas, para atrairem capital exteno. O desequilíbrio na balaça comercial dos EUA e da UE (exceto a Alemanha) tem levado ao resgate governamental de suas economias.

Mas os países Emergentes ainda enfrentam vários entraves economicos: infraestrutura insuficiente, caso do Brasil, Índia, Venezuela, México, forte dependencia de tecnologias importadas, caso da China, Brasil, África do Sul, expansão do consumo de gêneros alimentícios, caso da China, Índia, Indonésia, forte dependencia do consumo externo, como Chile, Coreia do Sul, China.

Vamos continuar acompanhando o cenário que agora nos wé favorável, os EUA com a emissão de US$ 600 bi em sua economia poderá ser um alto preço para o mercado mundial e para a continuação da "Guerra Cambial".


Para demais esclerecimentos acesse os links a seguir:

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/cupula-do-g-20-discute-o-desequilibrio-entre-economias.html

http://educacao.uol.com.br/atualidades/cupula-g20.jhtm

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI39958-15259,00-OS+EMERGENTES+JOGAM+JUNTO.html