Recentemente assistimos ao agravamento da violência no estado da Paraíba.
Muitos paraibanos, isso me inclui, sem orgulhavam em viver em um estado relativamente seguro, onde era seguro estar sentado sobre a calçada, deixar janelas abertas ao dormir, deixar os filhos irem de ônibus para assistirem aula, ou mesmo sairem com amigos.
Agora, assistimos (ou lemos) filhos e amigos sendo brutalmente mortos por outros jovens (que por não terem perspectiva social ou por serem realmente sociopatas/psicopatas) com requinte de crueldade para conquistarem trivialidades.
A vida, muitas vezes fugaz, mostra sua trivialidade, diante dos atuais atos de violência, têm servido para que as mídias vendam. Se instale o pânico entre as pessoas, dá-me a impressão que vamos partir para instalação de um sociedade de estado policial permanente, mas diferente do que ocorreu nos anos ditatoriais brasileiro, os indivíduos/cidadãos estão cada vez mais dispostos a resolverem ao seu modo: segurança particular, condomíos fechados, shoppings centers exclusivos, escolas exclusivas.
Isso leva ao enfraquecimento, ainda mais, da autoridade pública, financiada por todos nós, cidadãos de "bem" ou não.
Corrupção policial, corrupção política, simplismente corrupção sempre existiu e sempre existirá, mas não nós deixemos levar-nos a barbárie. Temos é que fortalecer o Estado de Direito, temos que garantir que o sistema correcional realmente corrija o infrator, e se não houver condições do convívio social que se estabeleça exceção para estes.
O Dr. Drauzio Varela em sua obra Estação Carandiru tentou demonstrar os horrores do sistema falido de encarceramento brasileiro. É extramente caro manter um estado policial nos moldes como temos hoje, é absurdo que o custo de um preso seja semelhante a um estudante de mestrado/doutorado. E o sistema de bolsa, por exemplo, é custeado da mesma forma que se custeia um preso, com dinheiro público.
Não devemos também simplismente "enjaular" os jovens infratores, mas da forma como está, estamos formando um longo sistema de criminosos, diante das condições terríveis desse sistema, que é apenas prisional, salvo raras exceções.
Ouvi um dia desses o seguinte: o menor infrator entra nessas casas de correção para se graduar no crime, ao sair volta a cometer delitos e ingressa na "cadeia", ou curso de especialização para o crime, quando solto volta a prática do delito, e se preso vai para o mestrado do crime (cadeia de média segurança) e dependendo do nível do criminoso, ingressa no doutorado do crime (cadeia de segurança máxima) onde, vez por outra, assistimos grandes chefes de facções criminosas pegos dando instruções aos "comparsas" agirem do lado de fora.
Até quando, ano após ano, vamos assistir a tudo isso e imaginar o quão próximo será seu dia.
Demétrio
Muitos paraibanos, isso me inclui, sem orgulhavam em viver em um estado relativamente seguro, onde era seguro estar sentado sobre a calçada, deixar janelas abertas ao dormir, deixar os filhos irem de ônibus para assistirem aula, ou mesmo sairem com amigos.
Agora, assistimos (ou lemos) filhos e amigos sendo brutalmente mortos por outros jovens (que por não terem perspectiva social ou por serem realmente sociopatas/psicopatas) com requinte de crueldade para conquistarem trivialidades.
A vida, muitas vezes fugaz, mostra sua trivialidade, diante dos atuais atos de violência, têm servido para que as mídias vendam. Se instale o pânico entre as pessoas, dá-me a impressão que vamos partir para instalação de um sociedade de estado policial permanente, mas diferente do que ocorreu nos anos ditatoriais brasileiro, os indivíduos/cidadãos estão cada vez mais dispostos a resolverem ao seu modo: segurança particular, condomíos fechados, shoppings centers exclusivos, escolas exclusivas.
Isso leva ao enfraquecimento, ainda mais, da autoridade pública, financiada por todos nós, cidadãos de "bem" ou não.
Corrupção policial, corrupção política, simplismente corrupção sempre existiu e sempre existirá, mas não nós deixemos levar-nos a barbárie. Temos é que fortalecer o Estado de Direito, temos que garantir que o sistema correcional realmente corrija o infrator, e se não houver condições do convívio social que se estabeleça exceção para estes.
O Dr. Drauzio Varela em sua obra Estação Carandiru tentou demonstrar os horrores do sistema falido de encarceramento brasileiro. É extramente caro manter um estado policial nos moldes como temos hoje, é absurdo que o custo de um preso seja semelhante a um estudante de mestrado/doutorado. E o sistema de bolsa, por exemplo, é custeado da mesma forma que se custeia um preso, com dinheiro público.
Não devemos também simplismente "enjaular" os jovens infratores, mas da forma como está, estamos formando um longo sistema de criminosos, diante das condições terríveis desse sistema, que é apenas prisional, salvo raras exceções.
Ouvi um dia desses o seguinte: o menor infrator entra nessas casas de correção para se graduar no crime, ao sair volta a cometer delitos e ingressa na "cadeia", ou curso de especialização para o crime, quando solto volta a prática do delito, e se preso vai para o mestrado do crime (cadeia de média segurança) e dependendo do nível do criminoso, ingressa no doutorado do crime (cadeia de segurança máxima) onde, vez por outra, assistimos grandes chefes de facções criminosas pegos dando instruções aos "comparsas" agirem do lado de fora.
Até quando, ano após ano, vamos assistir a tudo isso e imaginar o quão próximo será seu dia.
Demétrio
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