Estão nas Nações Unidas mais de duzentas Nações, muitas das quais não possui muita autonomia política diante de grandes potências, tais como Myanmar que vem recebendo investimentos da China, ou historicamente Estados do Oriente Médio que são "equilibrados" perante a força geopolítica dos Estados Unidos.
Mas países como o Brasil, deveriam nesse momento atual, ter mais autonomia no jogo geopolítico internacional, mas não é esse o cenário. Enquanto a economia estadunidense dá sinais de recuperação, sendo a força econômica mundial, aqui há um descompasso no estimado crescimento econômico e a manutenção das conquistas de cerca de 60 milhões de brasileiros que passaram a atuar no mercado interno de consumo.
O fato é que há muito oportunismo na forma como o viciado e mal desenvolvido capitalismo brasileiro se desenrola, há um triste ranço com as classes dirigentes em se aproveitar das massas, que mal informadas acabam se iludindo e vivendo mais de esperança do que de trabalho.
Com a oferta de crédito, um pouco mais facilitado, muitos financiaram veículos e imóveis, mas que agora não conseguem honrar com seus compromissos financeiros. Segundo a entidade ProTeste as famílias da classe C estão comprometendo mais 40% de suas rendas com dívidas, e fazendo empréstimos para tentar pagar dívidas anteriores.
Segundo analistas estamos para vivenciar o "estouro da bolha imobiliária", visto que os imóveis no Brasil encareceram muito mais que a depreciação da inflação e muito acima da renda das famílias. Onde mais uma vez, a política de facilidade de crédito e juros extorsivos dão margem para mais endividamento, o resultado é que a qualquer momento pode haver grande oferta dos imóveis em "estoque especulativo" depreciando seus valores, podendo ter valor de mercado inferior aos saldos devedores.
Em outra frente há o setor automobilístico que desde 2008 "ganhou do governo" renuncia fiscal via IPI de quase R$ 30 bilhões, gerando poucos postos de trabalho e enviando remessas de lucros para suas sedes da ordem de R$ 15 bilhões.
Que Nação é essa permissiva em um momento de crise internacional que se deixa perder bilhões em remessas de lucros e se obriga aumentar o volume de matéria prima exportada para controlar os gastos internos?
Que Nação é essa que nesse jogo internacional continua a mascarar suas dificuldades em infraestrutura e se aventura em entrar em Copa do Mundo e sediar uma Olimpíadas, quando há 15 milhões de analfabetos e uma renda média de R$ 960,00 mês, e que espera meses para um atendimento na rede de saúde pública?
Como podemos competir internacionalmente quando nosso nível de "civilidade" nos transforma em importadores de bens tecnológicos e vendedores de bananas, minérios e bens semi-industrializados?
Me preocupa ainda mais quando penso que a nova geração não vivenciou um país em crise como aquela dos anos 1980/90 que tinha inflação diária de DOIS dígitos e que, agora, não vive sem iogurte (produto antes considerado de rico) e que hoje não produz, não pode trabalhar e que fica a toa boa parte do dia.
Ao invés de estarmos preocupados em imitar o estilo de consumo estadunidense, o american dream, poderíamos fazer como a Coreia do Sul e introduzir um modelo de educação sofisticado e altamente qualificado, ou ainda, uma gestão pública que se faz na Alemanha, potência mundial em tecnologia, que foi arrasada em DUAS grandes guerras mas que vem abocanhando o mundo com sua competência financeira.
Que essa nova elite, e me refiro aos nossos próximos mandatários, mandatários porque vejo o discurso de muitos em entrarem para a "política" como oportunistas da situação, que nem vocação administrava tem, mas querem apenas resolverem suas necessidades, serem servidos pelo povo.
Oportunidades para essa Nação crescer social e materialmente o problema são os oportunistas que desejam o enriquecimento ilícito e o desejo de nada promoverem de bem estar aos seus compatriotas.
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