Demanda Agregada
No colapso financeiro de Wall Street na virada da década de 1920 para 1930 levou o Governo Roosevelt a forte medidas de controle sobre a economia e sobre o mercado estadunidense de títulos.
Criou um estilo de impulsionar a economia com investimentos públicos, agregando crescimento econômico mantendo a demanda agregada. Isso resultou em forte estímulo no mercado de consumo e com o estouro da Segunda Guerra Mundial o mundo assistiu a um acelerado crescimento da política keynesiana.
Passado tantas décadas essa fórmula de estimular o crescimento a partir do consumo, com juros baixos ou facilidade de crédito, tem curta duração, pois para manter os níveis de crescimento precisa-se alimentar constantemente o mercado de juros e créditos. E quando as famílias e empresas atingem seus maiores níveis de endividamento ou atendem suas necessidades? - aí vem a crise, e o que é pior, parte da crise é pública, já que o Estado passa a ser o maior credor do sistema financeiro.
A economia brasileira vem dando sinais de esgotamento desse modelo, ou melhor o ciclo de crescimento iniciado em 2003, freado em 2008, e que deu salto de crescimento em 2009 e 2010, parece que está certo o seu fim: PIB de 2012 em 0,9%, aumento do déficit fiscal em 2013 e saldo negativo na balança comercial de janeiro a março de 2013, são claras evidências de que o modelo de demanda agregada com crédito fácil, atrelado as desonerações fiscais, poucos setores inclusive, fizeram o Governo levantar as orelhas.
Outro mal estar dos brasileiros, fora a exorbitante carga tributária, as deficiências da infraestrutura, do alto endividamento interno, é a inflação. O Banco Central na última quarta dia 30/05/13 elevou para 8% ao ano a taxa referencial de juros - SELIC - para refrear o consumo e reduzir a inflação.
Entretanto, ao aumentar os juros é certo reduzir a produção, pois eleva os custos da produção, o que pode levar à redução da massa empregada, ou seja, reduz o consumo para segurar a inflação, mas pode gerar desemprego.
Enquanto estivermos trabalhando com poupança externa, baixos salários, carga tributária extorsiva e parcos investimentos nas áreas mais urgentes (saúde, educação, habitação, transportes) o crescimento brasileiro continuará em ciclos, com voos de galinha, e poderemos perder as melhores oportunidades nessa fase global do capitalismo.
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