Demétrio Costa de Melo*
João Pessoa, julho de 2011
Artigo publicado no Jornal A União de 10/07/2011, Caderno Opinião, página 2
Artigo publicado no Jornal A União de 10/07/2011, Caderno Opinião, página 2
Em tempos recentes temos assistido (alguns atônitos outros nem tanto) os escândalos que vem sistematicamente sendo anunciados no Palácio do Planalto em Brasília.
No Governo Lula o principal escândalo foi o “mensalão”, um esquema que utilizava sobras de caixa da campanha de 2002 para barganhar acordos políticos com a base aliada do PT. Foi esse o esquema que o então Deputado Roberto Jeferson (PTB-RJ) denunciou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar os ministros envolvidos com o esquema.
Parece-me que o Governo da Presidente Dilma não ficou imune aos problemas da corrupção no Palácio do Planalto, cinco ministros já foram depostos, o mais recente foi o do Ministério dos Transportes, há uma série de problemas relacionados com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Alfredo Nascimento do PR pediu demissão no último dia 06, para acompanhar o processo investigativo e talvez diminuir o desgaste e seu partido político.
Há uma grande semelhança entre o Governo Luiz Inácio o Governo Dilma, porém os problemas políticos com o primeiro surgiram dois anos após assumir o mandato, com Dilma não chegamos nem apagamos a vela de seu primeiro aniversário.
Sinto que falta algo que distinga nossos fieis representantes, algo simples, a “Moral”, mas não a moral simplesmente jurídica, mas aquela que traga consigo a valorização integral das pessoas, tendo em vista que qualquer governo (seja de direita, de esquerda, liberal ou não) é feito para preservar a dignidade de seus concidadãos, preservar um sistema social comunitário, que garanta a todos acesso aos aparelhos do Estado.
Denuncias de superfaturamento, atrasos na execução de obras, morosidade da justiça são comuns no Estado Brasileiro, até quando a política feita por políticos no Brasil vão tratar seus cidadãos dessa maneira? – claro que ficamos com essa questão retórica, pois a cada eleição escolhemos sempre os mesmos representantes, essa discussão se encerra em si mesma.
Vivemos um momento político mundial de transformações, em décadas passadas denuncias como essas mudavam até os rumos dos investimentos, empresas e especuladores fugiam do País, mas agora há uma internalização da corrupção no Brasil surgida ainda no berço, de que todos são corruptos, não deveria ser assim.
Nos países que hoje chamamos de desenvolvidos não estão isentos de escândalos de corrupção ou desvios de governos, mas são mais contidos, a aplicação das leis costumam ser ágeis e de uma eleição para outra os corruptos não se candidatam, a mídia nesses países apresenta uma maior participação da difusão do conhecimento, já aqui ainda nos falta a “transparência” e o cerceamento da comunicação.
Se o dinheiro é proveniente de nossos impostos por que não podemos saber seu destino e em que está sendo aplicado. A carga tributária é alta, semelhante à Alemanha e França, mas não temos metade da infraestrutura de transportes que tais países mantém.
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*Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba. Especializando em Geografia e Gestão Ambiental, Professor de Geografia da rede oficial do município de João Pessoa e professor na rede particular. Colunista do Jornal A União
*Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba. Especializando em Geografia e Gestão Ambiental, Professor de Geografia da rede oficial do município de João Pessoa e professor na rede particular. Colunista do Jornal A União
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