quinta-feira, 28 de março de 2013

A Irlanda tem o que nos ensinar


Na Irlanda do Norte, que constitui um dos Estados do Reino Unido, as disputas religiosas entre católicos e protestantes remonta ao período reformista europeu.
No transcorrer das décadas de 1960 a início de 1980 inúmeros conflitos ficaram registrados, são cenas de guerra civil, com ataques, carros bombas, políticos se digladiando.
Os católicos, minoria no país, chegou a criar uma milícia importante o IRA - Exercito Republicano da Irlanda (em português) que tentava unificar a ilha com a Irlanda (ao sul), pois assim seriam a maioria no território.
De uns anos para cá os conflitos suavizaram, há uma intensa aproximação das diversas facções religiosas no país. Incluindo mais autonomia administrativa, reconhecida pela coroa britânica. Finalmente perceberam que os conflitos só atrasam, destroem, arrasam os sonhos.
E o que isso tem haver conosco brasileiros? - eramos reconhecidos como tolerantes, respeitamos as diversas denominações cristãs e não cristãs, a legislação brasileira reiterou a importância de um Estado plural e laico.
No entanto, desde de a última eleição para presidente e governadores que os embates em torno da religiosidade das pessoas tem sido destaque, recebendo mais energia quando um cidadão, eleito pelo voto, Deputado Federal, que em diversos momentos demonstrou seu caráter racista, homofóbico e reacionário, assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, se envolvendo em uma disputa política que ultrapassa os poderes legais, já que todo o poder emana do povo.
Estamos assistindo grupos a favor e contra a manutenção do Estado Laico, o único que poderá assegurar o pluralismo de ideias e concepções de vida. Um Estado Teológico, como inúmeros estados árabes, criam barreiras para o progresso de suas sociedades, como castigos físicos, proibição da mulher atuar no mercado de trabalho.
Há relatos que o tal presidente da CDH da Câmara prega para seus fiéis, isso mesmo ele tem cargo teológico, que o estado da mulher é voltar a se submeter ao homem.
Estamos à beira de uma guerra teológica, onde não há vencedores, pois é comum nos conflitos os oportunistas conquistarem as massas para um direção que os traga privilégios, e isso é muito comum na história.

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