sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Novo “Enem” e a educação brasileira



Novamente temos no topo da lista uma escola privada da Região Sudeste: Objetivo Integrado, de São Paulo que obteve a maior pontuação.
Já as escolas públicas com melhor desempenho quase todas são centros federais de ensino, onde convivem estudantes de diversas áreas do conhecimento e de modalidades de estudo diferentes, como por exemplo, compartilharem professores que formam tecnólogos e acadêmicos do ensino superior.
E é nesse aspecto que a educação deveria ter se consolidado, porém o projeto liberal da década de 1990 atrapalhou o processo. Com a LDB de 1996 a responsabilidade da educação básica ficou para os Estados e Municípios, que herdaram enormes dívidas da década anterior, e passaram a contrair ainda mais para atender a lei de responsabilidade fiscal.
Mas porque escolas privadas como o Objetivo Integrado (1º colocado) e  o Colégio Elite Vale do Aço, de Belo Horizonte e 2º colocado, têm em comum? – primeiro realizam uma pré-seleção dos estudantes, mantem um pré-vestibular com cerca de 50 alunos com foco apenas na prova nacional. Além disso, mantém um corpo docente praticamente exclusivo.
Isso garantirá maior visibilidade nos demais processos de seleção (vestibular), essa notoriedade é de extrema importância para o competitivo mercado de educação brasileiro.
Mas e os resultados das instituições públicas? – neste caso não há o foco das instituições em preparar os alunos para o processo vestibular, outra condição observada é a imensa disparidade dos sistemas públicos, entre estaduais, municipais e federais, pois há a precarização da atividade docente.
Como vimos, a LDB de 1996 impediu o aumento da federalização do ensino e ampliou o mercado de ensino superior no Brasil, para atender a forte demanda dos estudantes egressos do ensino médio público, na contrapartida do Governo Federal engessaram-se os investimentos na ampliação da rede federal, sendo retomada de alguns anos para cá.
Com os sistemas federais de ensino médio tem-se um ambiente diferente: poucos alunos por turma, professores com a certeza da manutenção de seus empregos, salários razoavelmente melhores do que o garantido pela Lei do Piso Nacional. Além de estímulos a carreira docente, com a ampliação salarial por resultados e por ampliação de títulos, o que garante constante atualização dos docentes.
Nas públicas municipais e estaduais o que vemos é um imenso contingente de professores temporários, que a cada início de ano têm atrasos na renovação de seus contratos, em muitas escolas, principalmente nas cidades mais distantes das capitais têm uma defasagem de professores, é muito comum não se ter aula de disciplina como matemática, física e química, pois simplesmente esses profissionais estão em escassez, ou então um professor não habilitado acaba assumindo a disciplina.
Então com o ENEM a cada ano vejo que soluções existem, uma delas seriam a federalização e um plano de carreira pública semelhante ao que existe nas instituições federais, para estimular o ingresso dos melhores profissionais na atividade docente.
Em pouco tempo teremos um apagão de professores.
Será que teremos que instituir cotas de formação profissional?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Novo Código Florestal

Boa tarde

A mudança do Código Florestal, Lei Federal 4.771/65, para o "Novo Código Florestal", Lei Federal 12.651/12, implicará em uma nova ordenação jurídica.
Segundo ambientalistas a anistia concordada entre o Executivo e o Legislativo, perdoando que desmatou e não cumpriu o Código até julho de 2008, é a maior afronta as leis brasileiras. Além de gerar uma insegurança jurídica no Estado Democrático de Direito, uma vez que abre o precedente ao não cumprimento da nova lei.
Altera-se ainda a classificação dos imóveis rurais, onde o módulo fiscal para a agricultura familiar atinge 15 módulos, aumentando o tamanho da propriedade, e dessa forma o cálculo das Áreas de Preservação Ambiental e da Reserva Legal, além da recomposição de floresta desmatada são mais permissivas.
O relator da MP 571/12 o Sen. Luiz Henrique (PMDB-SC) acredita que o Executivo Federal não fará mais vetos, assegurando a aplicação do Novo Código Florestal.
Infelizmente a "ciência brasileira" é muito desacreditada, e as mudanças não tem base na Ciência, mas apenas uma nova ordem jurídica para ampliarmos os danos, além dos quase 100 milhões de hectares degradados no País do futebol.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Brasil: pecuária

Boa noite

A pecuária brasileira representa cerca de 2% do Produto Interno Bruto,e  gera cerca de R$ 75 bilhões nas exportações.
A expansão da criação, principalmente de bovinos e suínos, se faz necessária em razão do maior consumo médio per capito, e também pela expansão do consumo nos mercados asiáticos, principalmente China, Índia e Coreia do Sul. Além da região do Oriente Médio.

Somente bovinos o país conta com 210 milhões de cabeças, mais de 1,0 bilhão de aves, 40 milhões de porcos. E uma produção de leite bovino que ultrapassa 37 bilhões de litros/ano.

Mas as consequências ambientais para toda essa criação bovina é grave, mas que iremos abordar em uma postagem posterior.

Para download sobre a pecuária brasileira clique na imagem a seguir:

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Separatismo territorial

Olá leitor, boa noite

Inúmeros povos tentam, cotidianamente, preservar sua identidade cultural. Aspectos como língua e  religião acabam identificando um determinado grupo social.
Entretanto, toda e qualquer manifestação da cultura cristaliza-se no espaço geográfico. Ou seja, o espaço geográfico se confunde com a cultura do povo, que o cria e o recria segundo novos usos ou novas necessidades.
Para que isso ocorra, todos os envolvidos devem concordar com as mudanças, nem sempre simples.
Segundo a Carta das Nações Unidas é um "direito a autodeterminação dos povos", e que os demais Estados nacionais possam inserir uns aos outros na comunidade internacional. Muitas vezes com apoio financeiro, técnico, logístico, educacional.

Mas perder territórios, ver uma vida ser desfeita em razão do novo que chega e quer rapidamente se acomodar não é, como sabemos, tarefa fácil.
É por isso que ao longo da história que os territórios nacionais continuam a ser formados, mesmo na contemporaneidade da globalização que tenta homogenizar o mercado, mas que fragmenta as nações para melhor se desenvolver.

Assim tem-se no mundo curdos, palestinos, ossétios, bósnios, povos autóctones da austrália, tibetanos, bascos, etc. que almejam se tornar livres do jugo de um determinado grupo social. Uns conseguem, como os sudaneses do sul. Outros não, como os chechenos.

Nos links a seguir você poderá fazer o download de alguns dos episódios mais marcantes dessa saga por "identidade nacional".
Clique no símbolo abaixo para assistir slides sobre movimentos separatistas:



Clique no símbolo abaixo para  assistir  slides sobre a fragmentação da antiga Iugoslávia:

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

BRASIL: Climas e fatores climáticos

A grande extensão territorial brasileira possui diferentes paisagens climáticas.
Tais paisagens resultam de um longo processo de interação entre os fatores geográficos com a varáveis atmosféricas.
A seguir você poderá baixar ou visualizar os conteúdos apresentados em aula.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lista de Filmes

Olá leitores
Durante as aulas são relacionados determinados conteúdos com produções cinematográficas, dos mais variados gêneros.
Para atender demandas, e curiosidades, resolvi selecionar alguns filmes que poderão melhor aprofundar nossas discussões.
Os links a seguir apresentam uma sinopse de cada filme, alguns estão disponíveis para assistir no youtube.com.
Bons filmes.

Leões e Cordeiros - Aborda a questão do Afeganistão e o engajamento dos soldados
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-122877/

5 Dias de Guerra - Sobre a Guerra entre Rússia e Geórgia
http://frequenciaglobal.blogspot.com.br/2012/01/critica-5-dias-de-guerra.html

Zona Verde - Sobre a ocupação do Iraque
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-129054/

Jogo de Poder - Sobre a ocupação no Iraque
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-144111/

Siriana - Sobre a indústria do petróleo
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-55415/

Abril Sangrento - Sobre o Genocídio em Ruanda
http://filmow.com/abril-sangrento-t16212/

Jogos do Poder - Sobre a Guerra no Afeganistão
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-61657/

Hotel Ruanda - Sobre o conflito em Ruanda
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-55666/

Atrás das Linhas Inimigas -  Sobre a Guerra na Bósnia-Herzegovina
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28628/

Quem matou o carro elétrico - Sobre a indústria automobilística e petroquímica
http://www.filmesdecinema.com.br/filme-quem-matou-o-carro-eletrico-8359/

A Batalha de Argel - Sobre a Independência da Argélia
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-89957/

Fahrenheit 11 de setembro -  Sobre os atentados de 11 de setembro
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-52305/

Platoon - Sobre a Guerra do Vietnã
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-29700/

A última Hora - Sobre a crise ambiental global
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-126366/

O Último Rei da Escócia - Se passa em Uganda e sus problemas
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-61207/

Falcão Negro em Perigo -  Sobre o conflito na Somália
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-35144/

sábado, 25 de agosto de 2012

Brasil: produção agropecuária

Para os interessados em fazer o download da aula sobre o tema:
Brasil: Agropecuária

Principais Produtos e Regiões de Produção
Agropecuária

Através do 4shared.com
Agricultura e Impactos Ambientais

Pelo slideshre.net
Agricultura e Impactos Ambientais

Produção de soja transgênica
Através do 4shared.com
SOJA

Através do slideshare.net
SOJA

Vídeo sobre a Monsanto:

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Vamos copiar os Tigres da Ásia

Na Região Nordeste está sendo desenvolvido um dos maiores projetos de infraestrutura: ampliação do complexo portuário de Suape-PE.
Suape é um complexo portuário que atualmente conta com ampliação de sua produção naval. Mais um estaleiro está em construção na ilha de Tatuoca, um total de investimento de mais de R$ 1 bilhão.
O modelo da Coreia do Sul, que na década de 1960 passou a investir pesado em infraestrutura naval, hoje é um dos maiores produtores de navios cargueiros e plataformas de extração petróleo.
O principal parceiro da operação é a Petrobras que contam com a construção de plataformas e navios plataformas para operar nos campos do pré-sal.
O vídeo a seguir traz dados sobre a Coreia do Sul e Pernambuco.


Tais investimentos evidenciam a capacidade da Região Nordeste em superar desafios e atrair investimentos privados.
Para mais viste os sítios eletrônicos:
http://www.estaleiroatlanticosul.com.br/
http://www.suape.pe.gov.br/home/index.php

sábado, 18 de agosto de 2012

A Revolução Verde

A Revolução Verde foi a aplicação de técnicas agrícolas modernas nos países subdesenvolvidos a partir da década de 1970, tendo como principal fomentador os engenheiros agrônomos estadunidenses.
Países como Brasil, África do Sul, Índia, Malásia, Filipinas, China, México obtiveram grandes ganhos de produtividade.
Segundo o pensamento neomalthusiano a população nos países subdesenvolvidos iria ultrapassar excessivamente a capacidade alimentar de seus territórios, ampliando os problemas sociais no campo e o aumento do êxodo rural. Seria então uma ótima solução aplicar a revolução agrícola, no entanto não foi assim que tudo ocorreu.
A promessa de acabar com a fome, com os desiquilíbrios internos e o aumento de produtividade alimentar não ocorreu, pois o ganho de produtividade veio para os gêneros exportáveis, uma vez que tais países passavam por rápida industrialização dependente de capitais externos e precisam honrar com os compromissos financeiros. Grande parte dos problemas veio com o FMI e o Banco Mundial que financiavam tais projetos, o que assistimos atualmente são os problemas que se diziam erradicar, além das perdas de florestas, solos e aquíferos contaminados ou excessivamente bombeados para alimentar a irrigação.

Sobre as consequências do uso indiscriminado de agrotóxicos o documentarista Silvio Tendler lançou, em 2011, O veneno está na mesa, e você poderá assisti-lo qui mesmo:


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Oportunidades e oportunistas

Estão nas Nações Unidas mais de duzentas Nações, muitas das quais não possui muita autonomia política diante de grandes potências, tais como Myanmar que vem recebendo investimentos da China, ou historicamente Estados do Oriente Médio que são "equilibrados" perante a força geopolítica dos Estados Unidos.
Mas países como o Brasil, deveriam nesse momento atual, ter mais autonomia no jogo geopolítico internacional, mas não é esse o cenário. Enquanto a economia estadunidense dá sinais de recuperação, sendo a força econômica mundial, aqui há um descompasso no estimado crescimento econômico e a manutenção das conquistas de cerca de 60 milhões de brasileiros que passaram a atuar no mercado interno de consumo.
O fato é que há muito oportunismo na forma como o viciado e mal desenvolvido capitalismo brasileiro se desenrola, há um triste ranço com as classes dirigentes em se aproveitar das massas, que mal informadas acabam se iludindo e vivendo mais de esperança do que de trabalho.
Com a oferta de crédito, um pouco mais facilitado, muitos financiaram veículos e imóveis, mas que agora não conseguem honrar com seus compromissos financeiros. Segundo a entidade ProTeste as famílias da classe C estão comprometendo mais 40% de suas rendas com dívidas, e fazendo empréstimos para tentar pagar dívidas anteriores.
Segundo analistas estamos para vivenciar o "estouro da bolha imobiliária", visto que os imóveis no Brasil encareceram muito mais que a depreciação da inflação e muito acima da renda das famílias. Onde mais uma vez, a política de facilidade de crédito e juros extorsivos dão margem para mais endividamento, o resultado é que a qualquer momento pode haver grande oferta dos imóveis em "estoque especulativo" depreciando seus valores, podendo ter valor de mercado inferior aos saldos devedores. 
Em outra frente há o setor automobilístico que desde 2008 "ganhou do governo" renuncia fiscal via IPI de quase R$ 30 bilhões, gerando poucos postos de trabalho e enviando remessas de lucros para suas sedes da ordem de R$ 15 bilhões.
Que Nação é essa permissiva em um momento de crise internacional que se deixa perder bilhões em remessas de lucros e se obriga aumentar o volume de matéria prima exportada para controlar os gastos internos?
Que Nação é essa que nesse jogo internacional continua a mascarar suas dificuldades em infraestrutura e se aventura em entrar em Copa do Mundo e sediar uma Olimpíadas, quando há 15 milhões de analfabetos e uma renda média de R$ 960,00 mês, e que espera meses para um atendimento na rede de saúde pública?
Como podemos competir internacionalmente quando nosso nível de "civilidade" nos transforma em importadores de bens tecnológicos e vendedores de bananas, minérios e bens semi-industrializados?
Me preocupa ainda mais quando penso que a nova geração não vivenciou um país em crise como aquela dos anos 1980/90 que tinha inflação diária de DOIS dígitos e que, agora, não vive sem iogurte (produto antes considerado de rico) e que hoje não produz, não pode trabalhar e que fica a toa boa parte do dia.
Ao invés de estarmos preocupados em imitar o estilo de consumo estadunidense, o american dream, poderíamos fazer como a Coreia do Sul e introduzir um modelo de educação sofisticado e altamente qualificado, ou ainda, uma gestão pública que se faz na Alemanha, potência mundial em tecnologia, que foi arrasada em DUAS grandes guerras mas que vem abocanhando o mundo com sua competência financeira.
Que essa nova elite, e me refiro aos nossos próximos mandatários, mandatários porque vejo o discurso de muitos em entrarem para a "política" como oportunistas da situação, que nem vocação administrava tem, mas querem apenas resolverem suas necessidades, serem servidos pelo povo.
Oportunidades para essa Nação crescer social e materialmente o problema são os oportunistas que desejam o enriquecimento ilícito e o desejo de nada promoverem de bem estar aos seus compatriotas.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

É difícil

Nas próximas linhas procure, caso prossiga com a leitura, não levar nada em consideração...
Ser professor, ultimamente, tem sido tarefa hercúlea.
Percebo que dar aula é muito mais fácil que educar. Em dias atuais com inúmeros pais se desdobrando entre prover o lar e educar seus filhos, vejo que se tem preferido prover, ao menos os que se mostram responsáveis, prover o lar e com isso proporcionar certo conforto material a seus filhos e filhas.
No entanto, filhos e filhas vão aos milhares e milhares para a escola, na certeza de encontrarem condições de desenvolvimento social, psíquico e educacional, este último de maneira incompleta, em razão de inúmeras situações, tais como mudanças na estrutura familiar, arranjos familiares instáveis, pouco amadurecimento dos novos pais, e outras razões que não cabem agora ser apontadas.
Certa vez, em uma reunião ouvi que para o "professor" ser conhecido no mercado no mínimo levar-se-ia dez anos de profissão, percebo o quão equivocada foi tal afirmação. Pois ser professor é muito mais que um nome conhecido na praça.
As universidades estão aquém da formação profissional, pode-se alcançar formação acadêmica, entender conceitos curriculares e outras demandas, mas em uma sociedade plural, multiétnica (vários brasis internos) não há uma escola de pensamento que possa teorizar e aglutinar tamanhas demandas sociais e intelectuais dentro dos muros escolares.
No universo da subjetividade a única objetividade é saber que para ser professor/educador muito depende da própria formação do indivíduo, que dotado dessa ou daquela visão (parcial) de mundo se vai trilhando uma carreira, que muito embora se utilize de palavras mais duras (que corriqueiramente haja más interpretações de suas ações) podem levar a equívocos e desgastes físicos e psicológicos.
Com doze anos de sala de aula, ou seja, muito pouco ainda para estar no cabedal de mestres do ensinar-aprender, deparo-me com diálogos terríveis, tais como ser ofendido publicamente (“professor vá tomar  no c...”, ou “vou riscar seu carro”, ou ainda “professor você não fica doente?!”) ou ser coagido a fazer algo para livrar-se de perseguições e ameaças.
Estamos em marcha para o abismo social, aonde nossos futuros jovens vão a cada dia se degladiando, coagindo professores, praticando assédio moral, sem que se tenham punições sérias, com argumentos moralmente fadados ao fracasso.
Nada acontece por acaso, escolhemos desempenhar tais papéis, só não sabíamos o quão massacrante seria assumir tanto poderes, porque agora estamos cheios de mais responsabilidades...

domingo, 15 de abril de 2012

Política Internacional do Carbono - Protocolo de Quioto

   O Protolo de Quioto, criado a partir dos encontros das Nações Unidas, inicado em Toronto - Canadá em 1988, discutido em ampliado na Eco-92, foi aberto para assinaturas em dezembro de 1997, ratificado em março de 1999. Mas que só teve início, de verdad, quando a cota mínima de 55 países o ratificaram, somente em novembro de 2004. Atualmente mais de 100 países fazem parte.
   O relatório da ONU "Nosso Futuro Comum" trouxe a discussão em torno do problema do efeito estufa e do aceleramento do aquecimento global, possibilitando aos países em desenvolvimento metas de redução de gases de efeito estufa de forma voluntária e obrigatória para os desenvolvidos, porém metas pífias de 5% no período 2004-2012.
   A alternativa, então, foi a criação dos créditos de carbono, que em linhas gerais, seriam títulos negociáveis em bolsa de valores (aquelas certificadas para tal) onde empresas dos países desenvolvidos os adquirem para cumprirem dois processos: 1. auxiliar os países desenvolvidos cumprirem suas metas; 2. transferir recursos/tecnologias "limpas" para os países em desenvolvimento.
   O contra-senso é que a grande maioria dos países subdesenvolvidos, por apresentarem fraca industrialização e alto grau de endividamento exteno, possuem enormes dificuldades de participarem desse mercado de carbono.
   Veja então que a grande crítica dos Estados Unidos (que até o momento não retificou), em torno das negociações da política do carbono, se justifica em razão dos países subdesenvolvidos mais industrializados, deteriorando ainda mais os países africanos, asiáticos e latino americanos com maiores restrições industriais, visto que não emitem créditos de carbono.
   Em Copenhague a entrada de grandes economias nos acordos para prorrogar o Protocolo de Quioto, como China e Índia, não o tornam obrigatório, mas serve como principal acordo internacional para o desenvolvimento sustentável.
   A polêmica em torno do encontro de Copenhague (Cop-15) veio em torno de metas obrigatórias para países em desenvolvimento acelerado, tais como China, Brasil, Índia, África do Sul, Méxcio, Venezuela, Coreia do Sul, que emitem quantidades per capitas similares aos dos países desenvolvidos.

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Para saber mais sobre a Política de Carbono brasileira na Rio +20 visite os sítios abaixo:
Nosso futuro comum
Cop-15
Cop-16
Cop-17
Setor Elétrico Brasil


sexta-feira, 13 de abril de 2012

3° ANO GEO SUL - TEXTO COMPLEMENTAR


Os anos das décadas de 1950 e 1960 os Estados Unidos vivenciou seu período de ouro, com forte crescimento econômico e u um ímpeto pelo capitalismo, sem concorrentes significativos, transformam-nos em um Estado Hegemônico.
Entretanto, o cenário austero iria mudar rapidamente, Alemanha, Japão e Coreia do Sul se transformariam rapidamente, conquistando mercados, que anteriormente, eram cativos dos Estados Unidos, e as transformações no Oriente Médio em torno do Petróleo e da criação do Cartel da OPEP iria elevar os gastos com energia, nãos só dos Estados Unidos, como colocaria a América Latina inteira em uma profunda crise econômica.
Esse era o palco se projetava para os anos da década de 1980, forte endividamento do Estado, crises fiscais em todo o continente americano, acirramento das disputas com o Estado Soviético, exigiriam um esforço hercúleo: abrir ainda mais o mercado mundial.
Vieram as reformas pró-liberais no Reino Unido e nos Estados Unidos, e para tanto havia uma urgência em operacionalizar o sistema liberal, através da troca de dívidas de grandes corporações pelas dívidas soberanas.
No texto que você terá acesso, de Michel Chossudovsky, fica claro o papel que os Estados Hegemônicos – capitalistas – tiveram (e ainda o têm) sobre o sistema financeiro mundial e seu processo de endividamento.
O texto pode ser baixado:


 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A violência se alastra

Recentemente assistimos ao agravamento da violência no estado da Paraíba.
Muitos paraibanos, isso me inclui, sem orgulhavam em viver em um estado relativamente seguro, onde era seguro estar sentado sobre a calçada, deixar janelas abertas ao dormir, deixar os filhos irem de ônibus para assistirem aula, ou mesmo sairem com amigos.
Agora, assistimos (ou lemos) filhos e amigos sendo brutalmente mortos por outros jovens (que por não terem perspectiva social ou por serem realmente sociopatas/psicopatas) com requinte de crueldade para conquistarem trivialidades.
A vida, muitas vezes fugaz, mostra sua trivialidade, diante dos atuais atos de violência, têm servido para que as mídias vendam. Se instale o pânico entre as pessoas, dá-me a impressão que vamos partir para instalação de um sociedade de estado policial permanente, mas diferente do que ocorreu nos anos ditatoriais brasileiro, os indivíduos/cidadãos estão cada vez mais dispostos a resolverem ao seu modo: segurança particular, condomíos fechados, shoppings centers exclusivos, escolas exclusivas.
Isso leva ao enfraquecimento, ainda mais, da autoridade pública, financiada por todos nós, cidadãos de "bem" ou não.
Corrupção policial, corrupção política, simplismente corrupção sempre existiu e sempre existirá, mas não nós deixemos levar-nos a barbárie. Temos é que fortalecer o Estado de Direito, temos que garantir que o sistema correcional realmente corrija o infrator, e se não houver condições do convívio social que se estabeleça exceção para estes.
O Dr. Drauzio Varela em sua obra Estação Carandiru tentou demonstrar os horrores do sistema falido de encarceramento brasileiro. É extramente caro manter um estado policial nos moldes como temos hoje, é absurdo que o custo de um preso seja semelhante a um estudante de mestrado/doutorado. E o sistema de bolsa, por exemplo, é custeado da mesma forma que se custeia um preso, com dinheiro público.
Não devemos também simplismente "enjaular" os jovens infratores, mas da forma como está, estamos formando um longo sistema de criminosos, diante das condições terríveis desse sistema, que é apenas prisional, salvo raras exceções.
Ouvi um dia desses o seguinte: o menor infrator entra nessas casas de correção para se graduar no crime, ao sair volta a cometer delitos e ingressa na "cadeia", ou curso de especialização para o crime, quando solto volta a prática do delito, e se preso vai para o mestrado do crime (cadeia de média segurança) e dependendo do nível do criminoso, ingressa no doutorado do crime (cadeia de segurança máxima) onde, vez por outra, assistimos grandes chefes de facções criminosas pegos dando instruções aos "comparsas" agirem do lado de fora.
Até quando, ano após ano, vamos assistir a tudo isso e imaginar o quão próximo será seu dia.

Demétrio

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dívida externa - Aula 3° Ano Geo Sul

Para os alunos que querem ficam com a aula no formato ppt acessem
http://www.4shared.com/file/E2sd7cfE/Demetrio_dvida_externa.html

Bons estudos
Prof Demétrio